Tempo de areia
“Você está deitada ali, nem sequer está pensando, só está tentando descobrir um modo de descrever sua agonia, como se, ao expressá-la, fosse conseguir arrancá-la de si. Se você pode tornar algo real, se poder vê-lo e cheirá-lo e tocá-lo, então pode matá-lo. Você pensa: é como um incêndio no cérebro. Como um rato te roendo por dentro. Uma faca em suas entranhas. Uma espiral. Redemoinho. Buraco negro.” (Tartarugas até lá embaixo - John Green) Ela estava deitada ao lado da janela esperando que alguma luz entrasse, se perguntando se não era ela mesma que bloqueava o sol. São muitas dúvidas e muitos questionamentos, muito tempo que não viu passar, estava esperando que as coisas se acertassem, até perceber que já era tarde demais. Tudo passou, mas nada mudou. Hoje ela olha tudo em volta e pergunta: - Mas o que eu estava fazendo esse tempo todo que não tomei uma atitude pra mudar a minha vida? Sempre esperando o melhor das mesmas pessoas e sempre se decepcionando pelos mesmo