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Mostrando postagens de 2012

Saudade

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Ausência física, ausência da voz e do cheiro, das risadas e do piscar de olhos, saudade da amizade que ficará na lembrança e em algumas fotos.  Martha Medeiros  Saudade dos tempos de amizades loucas, sabe!?  Aquelas em que você vive na casa da(s) sua(s) amiga(s), chama a mãe dela(s) de tia, vive dormindo lá e vice-versa, preparam vários programas juntas como: Ir ao cinema (de lei), ir à praia, fazer trilha, caçar festinhas pra entrar de penetra, organizar festas do pijama, fazer tarde de cine na casa de alguém, ficar a noite toda na rua perambulando igual um zumbi e rir até doer a barriga, falar sobre tudo e nada, olhar uma pra cara da outra e morrer de rir sem motivo nenhum...  Eu serei eternamente grata as pessoas responsáveis por me mostrarem esses dias tão felizes na minha vida e eu sei que hoje a vida mudou, agora tudo é mais sério, existem responsabilidades que levam dias e horas da gente, sei que o tempo que eu tinha pra realizar tudo acima não existe mais. Só que s

Garota

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"Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai aguentar, mas aguenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar." Caio Fernando Abreu. Era só uma simples garota que observava o mundo, não perdia nenhum grão de areia que passasse pela praia, nenhuma indireta que fosse visivelmente direta, ela se permitia sentir todos os sentimentos em silêncio e apenas fechava os olhos quando se tornavam muito intensos. Nunca entendia o motivo pelo qual tem sido tão rejeitada e se perguntava por que ainda se importava tanto com o que as pessoas pensavam. Toda manhã plantava carinho e toda tarde colhia apatia, uma leve introspecção pela noite fazia com que ela perdesse a cabeça, não soubesse mais a ordem das coisas, então cansava de tentar se entender e dormia. E adorava os seus sonhos, era a melhor moradia em que sua ment

Talvez tudo, talvez nada...

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“ Sou uma confusão entre águas claras, a brisa de ventos fortes e por algum motivo  não consigo parar de andar olhando para os meus pés.” ( Ingrid Cardoso) Sempre me senti uma pessoa confiante e certa do que fazer, poderia até ser confusa com meus sentimentos, mas convicta em minhas decisões. Nunca entendi muito bem quando as pessoas diziam que não sabiam o que queriam da vida, o que ser quando crescer, o que estudar, em que trabalhar... Hoje sinto que mudei, não sei onde está aquela garotinha convicta que dava passos por ai, que arriscava porque sabia que tinha tempo para errar, mas sempre acertava. Me perdi, parei como se não soubesse mais andar, fiquei com tanto medo de errar quanto o medo de tentar, comecei a questionar o futuro e esqueci que o presente estava passando. Talvez isso tudo possa ser apenas uma fase atrasada de adolescente ou uma sobrecarga no meu cérebro..Não sei, não tenho motivos nem a quem ou o que culpar, talvez seja por isso que estou tão nervos

Introspecção

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Quando me dirijo ao mundo interior, não é para escapar do barulho incessante das ações, das exigências e confusões dos outros. Não é para alienar-me dos acontecimentos e das pessoas. É para fertilizar o solo interno, onde todas as minhas virtudes e poderes podem brotar, crescer e desabrochar. Quando estou bem alimentado por dentro, não me torno um mendigo do amor ou de respeito, porque sei ser meu próprio amigo e amigo dos outros. (Ken O'Donnell, Lições para uma Vida Plena, 1993) Antes mesmo de abrir os olhos eu percebo a claridade e o som da garoa, meus pés quentes se entrelaçam e posso sentir o quanto estou confortável. Por alguns minutos antes de levantar olho para a janela e penso, me perco em nostalgia ou permito-me ser transladada para dentro dos meus confusos pensamentos, e são tão confusos, então eu me encontro lá do mesmo jeito quieto de sempre com tanta coisa pra dizer e olhos tão medrosos que se torna melhor calar. Talvez eu já saiba exatamente o preço do s