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A Carta

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"De repente, estou só. Dentro do parque, dentro do bairro, dentro da cidade, dentro do estado, dentro do país, dentro do continente, dentro do hemisfério, do planeta, do sistema solar, da galáxia — dentro do universo, eu estou só. De repente. Com a mesma intensidade estou em mim. Dentro de mim e ao mesmo tempo de outras coisas, numa sequência infinita que poderia me fazer sentir grão de areia. Mas estar dentro de mim é muito vasto."  Caio Fernando Abreu  Vi sua carta sobre a mesa e afortunadamente feliz corri para ver o que você tinha a dizer, concentrava minha euforia na esperança de ler palavras de paz, conforto, saudade, felicidade. E como eu sonhei com essa carta, a tal que me tiraria de um rio de lágrimas e mostraria que ainda existe infinitos sorrisos involuntários, aqueles de canto de boca que você nem sente sair.  Então peguei a carta na mão, respirei fundo, segurei a tremedeira e abri.  Olhei o conjunto de palavras, o risco da tinta no papel, criei corage